EDUCAÇÃO
INFANTIL E REGISTRO DE PRÁTICAS
DE: AMANDA
CRISTINA TEAGNO LOPES
Editora Cortez.
Ed. 2009
Gláucia Ferreira
Duarte Oliveira
Estudante do
curso de pós-graduação em Educação Infantil da Secretaria de Educação de Campo
Grande – MS.
O
livro Educação Infantil e registro de práticas
de Amanda Cristina Teagno Lopes é fruto de sua dissertação de mestrado,
apresentada à faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, sob orientação
do professor doutor José Cerchi Fusari e, é também resultado de suas
experiências como professora de Educação Infantil na prefeitura de São Paulo.
A
autora aponta como objetivo principal de sua obra como sendo uma contribuição
para a melhoria da qualidade de ensino e a busca por uma educação de qualidade,
defendendo a prática do registro no fazer docente.
Amanda
Cristina mantém um diálogo com vários autores, pesquisadores e professores no
decorrer da obra, enfocando questões como: O que é registrar? Registrar para
quê?
No
capítulo 1 e em trechos dos capítulos posteriores, a autora defende o registro
do professor como instrumento formativo, afirmando que nas diferentes formas de
registrar estão implícitos aspectos profissionais e pessoais do profissional, e
que a partir do resgate dos registros é possível refletir sobre sua prática e
reconstruí-la, porque o registro é um instrumento metodológico ao lado do
planejamento, da observação e da avaliação.
Segundo
a autora, a reflexão, possibilitada pelo registro, faz com que o professor se
aproprie das teorias subjacentes à sua ação, porque o professor é também um
contínuo aprendiz.
A
autora considera diferentes formas de registrar, a linguagem verbal ou não
verbal, tais como: fotografias, vídeos, portfólios individuais ou coletivos, dentre desenhos e outros.
Para
a autora, as diversas formas de registro contêm experiências valiosas, memórias
e história e, por essa razão, é importante que sejam socializados no ambiente
escolar e até mesmo além.
Os
registros, segundo Amanda Cristina, são resultados e meios para a construção de
novos conhecimentos, mas necessitam ser estimulados pela escola e por políticas
democráticas que deem voz ao professor.
Amanda
Cristina faz menção, em seu livro, a alguns documentos históricos que
demonstram a valorização da técnica do fazer em sala de aula ao longo da
história da educação no Brasil e de uma prática pouco reflexiva por parte do
professorado, demonstrando tentativas de se oferecer receitas prontas para as
instituições de ensino, quase sempre com fins assistencialistas, principalmente
no trato com as crianças pequenas.
A
obra de Amanda Cristina Teagno Lopes é bastante rica quanto ao tema abordado,
mas pudemos observar em alguns momentos que a autora sai da ideia principal,
por exemplo, quando no capítulo IV começa a refletir sobre a importância da
prática da pesquisa para os estudantes na escola.
Quando
a autora apresenta as menções sobre os documentos históricos, em que nos
apresenta a análise dos mesmos, observamos a dificuldade de compreensão da
leitura quanto a cronologia dos fatos, porque em alguns momentos a narrativa
não segue a temporalidade cronológica, podendo confundir a relação fato e tempo
para os leitores.
Por
apresentar um conteúdo valioso e teoricamente conciso, associado a práxis da
sala de aula, acreditamos que o livro contribuirá valorozamente aos professores
docentes e aos professores que ainda estão em formação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário